Vamos falar de amor?

Se você só clicou no link porque achou se tratar daquele tipo de amor que existe entre casais ou que leria um poema dizendo o quanto a saudade doi, lamento decepcioná-lo, mas vim falar do que as pessoas costumam chamar de SOLIDARIEDADE. Não uso esse termo pra definir o fato de você ajudar uma criança africana que passa por todas aquelas dificuldades que existem lá e que já estamos até cansados de ouvir falar, chamo de amor! Tem que amar alguém pra querer o seu bem, pra querer mudar-lhe a vida, mesmo sem conhecê-la.

[Leiam o que escreverei, de verdade. Leiam com uma visão crítica, mas deixem aberto o coração. Não quero fazer ninguém seguir uma ideologia, mas quero defender a minha!]

Já ouviram falar sobre a Action Aid? Pois bem, ela é uma ONG que atua em 13 estados brasileiros e em mais de 40 países melhorando a vida de milhares de pessoas. O trabalho deles consiste no apadrinhamento de crianças – que você escolhe a região que quer “se envolver” -; apadrinhar significa, nessa situação, contribuir mensalmente com a quantia de R$45, R$60, R$100 ou mais. Esse valor não vai diretamente para a criança, mas para a comunidade a que ela pertence. Como? Ocorre a criação de cisternas d’água, por exemplo, que vão distribuir água potável para o pessoal. Você ainda tem a oportunidade de ver que a sua colaboração realmente está fazendo a diferença quando passa a receber cartas, desenhos e fotos do seu afilhado. Não tem como não querer fazer parte disso.

Agora usando de um argumento mais racionalmente crítico, responderei a uma pergunta que me causa um conflito interno: Mas por que doar para fora do Brasil se milhões de pessoas aqui dentro também vivem na pobreza? Bom, nosso país é, apesar dos índices, razoavelmente rico se levarmos em consideração a quantia monetária que enchem os bolsos dos homens de terno da nossa administração pública. É muito dinheiro MEEEEEESMO. Dinheiro da milícia, de propina, dos supersalários, dos desvios dos setores… Enfim, de todo quanto lugar. Nós temos famílias na miséria porque os governantes querem assim e não se importam com a desgraça alheia.

A África, no entanto, é miserável, não por falha na administração pública, mas porque o clima não possibilita a agricultura, a seca não permite a agropecuária… Não conseguir impulsionar a economia é o maior problema: sem dinheiro ~~~> sem recursos para acabar com a fome, incentivar a educação, criar empregos, etc. Fatores naturais destruindo uma nação inteira.

Não que eu não apoie a criação de ONGs e/ou a atuação delas no Brasil – aliás, se você pode ajudar aqui e lá fora, ótimo! Faça isso! -, mas sou contra fazer o serviço de quem PODE e DEVE, enquanto ficam atrás de mesas discutindo leis inúteis ou chamam o garçom da Câmara para pedir mais um copo de água francesa. Sabe, não temos que enriquecer famílias, mas dar a elas o que lhes é de direito, função essa do Estado. Não é tirar do rico e dar ao pobre, mas erradicar a miséria pelos meios legais.

[O rico só é rico porque usou as chances que teve para crescer – nos casos de honestidade, claro. O pobre só é pobre porque já nasce assim e sem possibilidades de evoluir.]

Tem gente que vai achar que é uma baita asneira o que eu disse, tem gente que talvez entenda.

Bom, se você conseguiu chegar ao fim do texto, parabéns! rsrsrs

Aqui está o site do Action Aid – ou, como é mais conhecido, o Mude uma vida: http://mudeumavida.org.br

É muito fácil apadrinhar uma criança, faça parte de uma mudança real. Eu apadrinho (=

Letícia Barboza.